Os padres brasileiros, residentes no Colégio Pio Brasileiro em Roma, publicaram nesta sexta-feira, 9, uma Carta de Solidariedade aos bispos do Pará que sofrem perseguição e ameaça de morte por causa da denúncia que fizeram da violação dos direitos humanos. Abaixo, a íntegra da carta.
CARTA DE SOLIDARIEDADE
Nós presbíteros, residentes no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, provenientes de 67 Dioceses do Brasil, duas Congregações Religiosas, uma Diocese da Angola, seis Dioceses entre Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Panamá, 101 estudantes distribuídos em 11 Pontifícias Universidades em Roma, nos colocamos solidários com os Bispos do Regional Norte II do Brasil: Dom José Luiz Azcona, da Prelazia do Marajó; Dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba e Dom Erwin Kräutler, da Prelazia do Xingu, que estão sendo perseguidos e inclusive ameaçados de morte por defenderem irmãs e irmãos excluídos e por denunciarem a violação dos direitos humanos na região. A perseguição a estes três pastores da Igreja Povo-de-Deus incomoda e angustia a nós seus irmãos e filhos e a luta deles é também a nossa.
Para nós eles são o sinal do Cristo Ressuscitado que vive no meio do seu povo. Sendo fiéis ao Evangelho, compreendemos que esta também é a nossa missão. “Se me perseguiram, também perseguirão vocês...” (João 15,20). Com Cristo somos alimentados e fortificados, com eles recebemos um forte testemunho da Verdade que nos encoraja. “Todos odiarão vocês por minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10,22).
Na comunhão em Jesus Cristo, queremos estar juntos aos três profetas agredidos em sua missão. A causa que eles defendem queremos fortificá-la, pois suas denúncias também são nossas: a desapropriação das terras dos indígenas, o abandono dos pequenos agricultores, a exploração sexual de crianças e adolescentes e o tráfico de mulheres, a violência urbana e ameaças às lideranças do povo, a evasão escolar na região, a degradação do meio ambiente e a exploração ilícita de madeiras e o tráfico de drogas. Esta situação nos deixa inquietos e nos exige um testemunho cristão.
Fomos enviados pelas nossas comunidades, bispos e provinciais à formação presbiteral continuada e especializada. A partir de nossos estudos nos sentimos cada vez mais próximos de tantas irmãs e irmãos sofridos e excluídos em nossas regiões e que esperam uma presença e testemunho profético de seus pastores. Temos também consciência, das lutas travadas por tantos homens e mulheres: religiosos e religiosas, presbíteros e bispos, leigos e leigas na defesa da vida junto ao povo na grande Região Amazônica.
Queremos exigir das autoridades competentes investigações sérias e proteção total aos nossos pastores sob ameaças. Esperamos uma posição decisiva para que impunidades e injustiças, frutos do descaso político e da ambição econômica, não prevaleçam. Que o solo verde da Amazônia não se torne árido e sangrento!
Em Cristo Bom Pastor, Ressurrecto e vencedor de todas as ameaças de morte.
Para nós eles são o sinal do Cristo Ressuscitado que vive no meio do seu povo. Sendo fiéis ao Evangelho, compreendemos que esta também é a nossa missão. “Se me perseguiram, também perseguirão vocês...” (João 15,20). Com Cristo somos alimentados e fortificados, com eles recebemos um forte testemunho da Verdade que nos encoraja. “Todos odiarão vocês por minha causa, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 10,22).
Na comunhão em Jesus Cristo, queremos estar juntos aos três profetas agredidos em sua missão. A causa que eles defendem queremos fortificá-la, pois suas denúncias também são nossas: a desapropriação das terras dos indígenas, o abandono dos pequenos agricultores, a exploração sexual de crianças e adolescentes e o tráfico de mulheres, a violência urbana e ameaças às lideranças do povo, a evasão escolar na região, a degradação do meio ambiente e a exploração ilícita de madeiras e o tráfico de drogas. Esta situação nos deixa inquietos e nos exige um testemunho cristão.
Fomos enviados pelas nossas comunidades, bispos e provinciais à formação presbiteral continuada e especializada. A partir de nossos estudos nos sentimos cada vez mais próximos de tantas irmãs e irmãos sofridos e excluídos em nossas regiões e que esperam uma presença e testemunho profético de seus pastores. Temos também consciência, das lutas travadas por tantos homens e mulheres: religiosos e religiosas, presbíteros e bispos, leigos e leigas na defesa da vida junto ao povo na grande Região Amazônica.
Queremos exigir das autoridades competentes investigações sérias e proteção total aos nossos pastores sob ameaças. Esperamos uma posição decisiva para que impunidades e injustiças, frutos do descaso político e da ambição econômica, não prevaleçam. Que o solo verde da Amazônia não se torne árido e sangrento!
Em Cristo Bom Pastor, Ressurrecto e vencedor de todas as ameaças de morte.
Roma - Itália, 09 de maio de 2008.
Pe. Menete Severiano de Melo Junior
Secretário do Conselho dos Alunos
Pe. Menete Severiano de Melo Junior
Secretário do Conselho dos Alunos
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