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28.4.07

Pré-conferência em Londrina

PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE LONDRINA
LOCAL: ILECE, Av: J.K. nº. 1792

Convidamos toda sociedade a participar da Pré-Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Londrina, que têm como objetivos:
· Avaliar as ações governamentais, relativas à pessoa com deficiência, desenvolvidas no município de Londrina;
· Apresentar propostas a serem aprovadas na 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Londrina;
· Indicar os delegados para a 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Programação dia 04/05/07
18h: Abertura e inscrições dos participantes, momento em que cada participante escolherá o grupo temático de que fará parte.
19h: Mesa redonda: POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM LONDRINA: AVANÇOS E DESAFIOS.
Coordenação: Maria Ângela Santini
Debatedor: José Carlos de Oliveira
Componentes da mesa redonda: Secretaria de Assistência Social, IPPUL, CMTU, Secretaria de Obras, SEMA
20horas: Debate
20h30min: Trabalho dos Grupos
21h20min: Plenária
22h00min: indicação e inscrição dos interessados em serem delegados para a III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Londrina.
22h30min: Encerramento

Programação dia 05/05/07
8h: Mesa Redonda: continuação
Coordenação: Pe. Delci da Conceição Filho
Debatedor: Frederico Toti da Silva
Participantes: Fundação de Esporte, Secretaria de Cultura, SINE, Secretaria de Educação, Núcleo regional de educação e Autarquia Municipal de Saúde.
9h40min: Debate
10h20min: Intervalo
10h30min: Trabalho de Grupo
11h20min: Plenária
12 h: Encerramento

OBS. 1: Somente poderão ser delegados durante a 3ª Conferencia Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Londrina, os participantes das Pré-conferências, conforme estabelece o Edital de Convocação n° 1/07.
OBS. 2: A pré-conferência é em preparação à Conferência Municipal que será realizada nos dias 25 e 26 de maio de 2007, no ILECE, em Londrina.

23.4.07

Reunião Sismmar com Administração de Maringá

Através do Ofício: 002/2007, o MNDH/PR comunica ao prefeito Sílvio Magalhães Barros II, o interesse em acompanhar a reunião e negociações entre Administração Pública de Maringá e Sindicato dos Servidores de Maringá (Sismmar), no dia 24 de abril de 2007, às 16 horas e, datas subseqüentes, mediando o processo de negociação. Acreditamos que o melhor caminho é buscar uma solução negociada para resolver o “impasse” público existente, de preferência, sem demissões e punições, disse o conselheiro nacional do MNDH e coordenador no Paraná, Elias C. Brandão, que representará o MNDH-Brasil, nas reuniões entre Administração e servidores públicos.

17.4.07

Sucesso - mais de 350 pessoas

O lançamento do livro "Merórias de um vencedor", de Alex Sander, da ANPR, na noite desta segunda-feira, foi um sucesso. É muito difícil comparecerem mais de 50 pessoas em lançamento de livro. Foi diferente com o livro do Alex Sander. Aproximadamente 350 pessoas compareceram no Teatro Callil Haddad e entre os presentes, estavam algumas autoridades, como o prefeito de Maringá, Sílvio Barros e o prefeito de Paiçandu, Moacyr José de Oliveira.
Após o cerimonial, ocorreu a venda dos livros no custo R$ 10,00 cada e os autógrafos do autor - por meio de um carimbo, acompanhado de um gostoso e saboreoso coquetel, oferecido pelo Instituto São Francisco, que também apoio a publicação do livro. Vi várias pessoas levando de 5 a 10 livros, entre elas o padre João Caruana. Parabéns ao autor.

13.4.07

Memórias de um vencedor



Será lançado na próxima segunda-feira, dia 16 de abril, no Teatro Callil Haddad, em Maringá/PR, o livro "Memórias de um vencedor", de Alex Sander Aparecido Marques, aluno da Associação Norte Paranaense de Reabilitação (ANPR).
Alex Sander, escreveu textos durante oito anos que agora se tornaram livro organizado por Elias C. Brandão, do conselho nacional do MNDH
Todos estão convidados para o lançamento:
DIA: 16 de abril de 2007
HORÁRIO: 20 horas;
LOCAL: Teatro Callil Haddad;
CIDADE: Maringá/PR-Brasil.
Na contracapa do livro contém a seguinte frase: "Em sua cadeira de rodas, em casa ou na ANPR, enxerga longe e analisa os fatos e as situações de modo peculiar. Comunica-se em seu caderno de madeira (capa do livro) utilizando os tacos em letras com uma destreza imaginável e tem sido exemplo de vida e força para todos que o cerca e conhece".
Conta o autor que as pessoas tecem comentários perto dele e dos demais deficientes pensando que não houvem ou entendem, o que estão enganadas.

Aluna surda se forma em pedagogia

Informações de Clóvis Pereira
Coordenação do MNDH-PR
Vice-Presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Londrina e Região (ADEVILON)

Unisc forma primeira aluna surda - 22/03/2007
A impossibilidade de escutar, não foi barreira grande o suficiente para que Cristiane Ramos Müller, 35 anos, desistisse de ter uma profissão. Surda desde o nascimento, ela alcançou no último dia 10, uma das grandes vitórias de sua vida: a formação em um curso superior. A conquista teve a participação do Núcleo de Apoio Acadêmico (NAAC), da Unisc.
Desde o início do curso, em 2000, Cristiane, que se formou em Pedagogia –habilitação Séries Iniciais, teve a ajuda de uma intérprete de libras - a Língua Brasileira de Sinais. A intérprete atuou como uma mediadora entre Cristiane e os professores. Todo conteúdo repassado em sala de aula era transmitido em libras, simultaneamente, para Cristiane. De resto, a conclusão do curso foi resultado de muito estudo. “Algumas disciplinas foram bem difíceis, mas os professores sempre explicaram muito. Tive que me adaptar”, afirma Cristiane, por meio da língua de sinais.
As dificuldades encontradas, conforme Cristiane, foram diminuindo com o passar do curso. Por isso, para quem tem alguma deficiência e pretende começar ou voltar a estudar, ela recomenda persistência. “Eu pensava que estudaria para sempre, que nunca chegaria a me formar. Mas quando vi, chegou a formatura. É preciso procurar ajuda e começar. Os professores e os colegas me aceitaram e me respeitaram. Foi uma troca”, destaca. A experiência de Cristiane com os estudos foi tão positiva que, inclusive, ela pensa em fazer mestrado, trabalhando com a questão da surdez. Além disso, a meta é continuar as atividades na Escola Estadual Gaspar Bartholomay, onde Cristiane trabalha há dois anos.
Cristiane foi a primeira aluna surda formada pela Unisc. Neste ano, uma estudante do Centro de Educação Profissional (Cepro) também concluiu o curso como auxílio do NAAC.

Seminário


CONADE E CORDE presentes na REATECH com o tema " Direitos da Pessoa com Deficiência - Estatuto e Convenção da ONU - Cenário Atual ".
A Secretaria Especial dos Direitos Humanos por meio da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE e do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência - CONADE, convidam para o Seminário "Direitos da Pessoa com Deficiência - Estatuto e Convenção da ONU - Cenário Atual", que será realizado no dia 15 de abril, das 14:00 às 18:00 horas, durante a Reatech 2007, em São Paulo (auditório 03).

Estatuto da pessoa com deficiência

De: Maria Isabel da Silva - Jornalista SP (bel_jornalista@yahoo.com.br)
Enviado por: Clóvis Pereira
Associação dos Deficientes Visuais de Londrina e Região (ADEVILON)
Senado e Câmara Federal recebe Grupo de Estudos sobre o Estatuto da Pessoa com deficiência
Uma Comissão representativa do Grupo de Estudos sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência será recebida no Senado e na Câmara Federal, em audiência, no dia 28 de março, para discutir o Estatuto da Pessoa com Deficiência. O Grupo será recebido, em Brasília, pelos senadores Flávio Arns, relator do Estatuto no Senado, e Paulo Paim, seu autor. Também será recebido pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Luiz Couto.
A Comissão é coordenada pela jornalista e co-moderadora do Grupo, Maria Isabel da Silva, e composta pelo criador do grupo e co-moderador, Luiz Alberto Melcher de Carvalho e Silva (economista e professor), Denise Granja (advogada da União), Naziberto Oliveira (psicólogo), Lothar Bazanella (analista de sistemas), Sergio Faria (consultor), Francisco Izidoro (advogado) e Rosângela Gera (médica).
O Grupo de Estudos conta hoje com 204 participantes de todo o Brasil: pessoas com e sem deficiência, familiares, amigos, profissionais da área e simpatizantes à causa. Caracteriza-se pela independência e autonomia, não mantendo vínculos que eventualmente possam direcionar a linha de trabalho para interesses alheios aos das próprias pessoas com deficiência.
Vem realizando ardoroso empenho para avaliar cada um dos 287 artigos presentes na Minuta aprovada pelo Senado, em dezembro de 2006, e atualmente em votação na Câmara. O objetivo é construir um Estatuto que represente maior participação e efetivo protagonismo das pessoas com deficiência em todos os aspectos e âmbitos sociais.
É consenso do grupo que houve muitos avanços desde que a primeira proposta do Estatuto foi apresentada pelo então deputado e hoje senador Paulo Paim, mas ainda está muito aquém do ideal e são necessárias muitas modificações essenciais, estruturais e conceituais para que se alcance uma lei que, de fato, reflita os direitos e a realidade de quem possui restrições motoras, sensoriais oucognitivas.
A Comissão preparou um documento e apresentará como Proposta de Substitutivo do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Reivindica que o Estatuto, em hipótese nenhuma, seja aprovado com a atual redação e conteúdo, sob o risco de neutralizar a intensa luta em prol da cidadania e inclusão social das pessoas com deficiência e perpetuar uma condição até então marcada pela segregação, discriminação, preconceito e exclusão.
Apóiam a ida da Comissão a Brasília: a Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (DMR HC FMUSP), a PRODAM - Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo e o Instituto EMBRAER, da Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.
O GRUPO
O Grupo de Estudos sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência é uma lista de discussão acessada pelo link http://br.groups. yahoo.com/group/estatuto_do_deficiente/ que possui como prioridade absoluta avaliar a proposta do Estatuto da Pessoa com Deficiência, apresentada em 2003. O acesso pela internet propicia a muitos a proximidade com o tema e a facilidade da troca de experiências e idéias, resultando em rica e fértil discussão que subsidia a elaboração de uma lei que contemple e assegure os direitos básicos, amplie as conquistas e viabilize ainclusão social das pessoas com deficiência.

10.4.07

Lançamento de livro

Dia 16 de abril (segunda-feira), às 20 horas, no Teatro Callil Haddad, Alex Sander, lançará seu primeiro livro.

"Em sua cadeira de rodas, em casa ou na ANPR, enxerga longe e analisa os fatos e as situações de modo peculiar. Comunica-se em seu caderno de madeira (capa do livro) utilizando os tacos em letras com uma destreza imaginável e tem sido exemplo de vida e força para todos que o cerca e conhece".
AJUDE NA DIVULGAÇÃO E PRESTIGIE O LANÇAMENTO.
A capa poderá ser melhor visualizada aqui: http://www.graficamassoni.com.br/capa.jpg

9.4.07

Vagabundagem

Elias Canuto Brandão
(Texto incompleto, porém, provocativo)
As perseguições sociais e políticas desencadeadas pelos gestores públicos dos municípios de Paranaguá e Apucarana, ambos no Estado do Paraná, contra os andarilhos, conhecidos como moradores de rua, resultando em revoltas da população, das entidades de Direitos Humanos (entre eles o Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH), dos movimentos sociais em geral, da mídia escrita, falada e televisiva, assim como de órgãos governamentais de defesa dos Direitos Humanos (Ministério Público estadual e federal, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Conselho Permanente de Defesa dos Direitos Humanos do Estado do Paraná), leva-nos a observar algumas passagens que documentam que ações de perseguições contra os pobres são históricas e que, os pobres não são o que são por escolha e vontade própria. O desenvolvimento político e econômico da sociedade resulta em situações sociais de empobrecimento que, os governos devem buscar soluções para resolvê-los sem perseguir, ameaçar e expulsá-los, como a história tem denunciado. Vamos aos fatos:
Karl Marx descreveu em sua época, portanto no século XIX que “os expulsos pela dissolução dos séqüitos feudais e pela intermitente e violenta expropriação da base fundiária, esse proletariado livre como os pássaros não podia ser absorvido pela manufatura nascente (observe o leitor que não haviam alcançado um avanço industrial na proporcionalidade na contemporaneidade, era tecnológica) com a mesma velocidade com que foi posto no mundo. Por outro lado, os que foram bruscamente arrancados de seu modo costumeiro de vida não conseguiam enquadrar-se de maneira igualmente súbita na disciplina da nova condição. Eles se converteram em massas de esmoleiros, assaltantes, vagabundos, em parte por predisposição e na maioria dos casos por força das circunstâncias. Daí ter surgido em toda a Europa ocidental, no final do século XV e durante todo o século XVI, uma legislação sanguinária contra a vagabundagem. Os ancestrais da atual classe trabalhadora foram imediatamente punidos pela transformação que lhes foi imposta, em vagabundos e paupers. A legislação os tratava como criminosos ‘voluntários’ e supunha que dependia de sua boa vontade seguir trabalhando nas antigas condições, que já não existiam” (MARX, 1988, p. 265).
Continuou Marx a registrar que Henrique VIII, da Inglaterra, estabeleceu em Lei, em 1530, que “Aquele que for apanhado pela segunda vez por vagabundagem deverá ser novamente açoitado e ter a metade da orelha cortada; na terceira reincidência, porém, o atingido, como criminoso grave e inimigo da comunidade, deverá ser executado” (MARX, 1988, p. 265).
“Os juízes de paz, quando informados, devem perseguir os marotos. Se se verificar que um vagabundo está vadiando há 3 dias, ele deve ser levado a sua terra natal, marcado com ferro em brasa no peito com a letra V e lá posto a ferro para trabalhar na rua ou ser utilizado em outros serviços. Se o vagabundo der um falso lugar de nascimento, como castigo deverá ser escravo vitalício dessa localidade, de seus habitantes ou da corporação, e marcado a ferro com um S.” (MARX, 1988, p. 265-266).
“Todas as pessoas têm o direito de tomar os filhos dos vagabundos e mantê-los como aprendizes, os rapazes até 24 anos e as moças até 20. Se fugirem, eles devem, até essa idade, ser escravos dos mestres, que podem acorrentá-los, açoitá-los etc., conforme quiserem” (MARX, 1988, p. 266).
Elisabeth, da Inglaterra, estabeleceu em Lei, em 1572: “Esmoleiros sem licença e com mais de 14 anos de idade devem ser duramente açoitados e terão a orelha esquerda marcada a ferro, caso ninguém os queira tomar a serviço por 2 anos; em caso de reincidência, se com mais de 18 anos, devem ser executados, caso ninguém os queira tomar a serviço por 2 anos; numa terceira incidência, serão executados sem perdão, como traidores do Estado” (MARX, 1988, p. 266).
Maria da Glória Gohn, documenta que “No Rio, na década de 1910, as autoridades locais contrataram arquitetos e paisagistas estrangeiros para promover planos de embelezamento da cidade. Objetiva-se montar verdadeiros ‘cartões de visita’ para atrair o capital estrangeiro" (GOHN, 1995, p. 63).
"Os pobres e mendigos eram recolhidos das ruas como vagabundos. Muitos deles, sem casa nem local de moradia, passavam as noites em pensões, dormindo até nas escadas, para fugir das ‘borrachadas’ da polícia. Aloísio Azevedo nos descreve este mundo horrendo em seu romance O Cortiço” (GOHN, 1995, p. 64).

Referências
GOHN, Maria da Glória. História dos movimentos e lutas sociais – a construção da cidadania dos brasileiros. São Paulo: Loyola, 1995.
MARX, Karl. O Capital – Crítica da Economia Política. São Paulo: Nova Cultural, 1988 – Volume II.