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10.12.07

Em Maringá/PR, o fim de uma canafístula centenária

Ninguém, absolutamente ninguém está conseguindo impedir as agressões do prefeito do Município de Maringá, Sílvio Barros II contra a natureza naquele município. As árvores da cidade estão sendo dilapidadas – cortadas sem o mínimo respeito. A administração atual – nos últimos três anos – tem sido alvo de constantes denúncias de derrubadas de árvores sem o devido cuidado e respeito. O pior é que os órgãos públicos ambientais responsáveis pela proteção do meio ambiente parecem nada fazer na defesa e proteção das árvores e do meio ambiente.
Na manhã deste domingo (09/12/2007), enquanto a população de Maringá ainda descansava, uma luta estava sendo travada entre defensores do meio ambiente e a arbitrariedade da administração municipal: impedir a derrubada de sete araucárias de aproximadamente 50 anos e uma canafístula nativa de aproximadamente 120 anos. Objetivo dos cortes: modernização da cidade. Pelo entendimento da gestão pública atual, as árvores, assim como os pobres, os pedintes e os andarilhos parecem enfeiar a cidade e devem ser eliminados.
Na tentativa de proteger a canafístula, o jornalista ÂNGELO RIGON – maior blogueiro na cidade – subiu e permaneceu na árvore na manhã do domingo por aproximadamente três horas para impedir seu tombo fatal. Enganado pelos soldados da FORÇA VERDE que informaram que a árvore estava fora de risco e que somente na segunda-feira seu futuro seria discutido, desceu da canafístula e a decorrência foi o corte da canafístula. Um REPRESENTANTE DO MUNICÍPIO - mesmo sem ordem judicial especificando a ação - manda a polícia agir contra um manifestante que tenta proteger a árvore centenária.
O Movimento Nacional de Direitos Humanos, no Paraná (MNDH-PR), que entre suas 400 entidades filiadas no Brasil integra várias de defesa do meio ambiente, tem a tristeza de registrar que na data de 10 de dezembro de 2007, exatamente 59 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos ter sido aprovada pelos países que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU), já não mais temos a canafístula e suas parceiras de convivência –as araucárias. Todas agonizaram de forma bárbara e cruel no domingo (09/12/2007) aos sons de motos serras e gritos festivos dos mandantes e executores do crime ambiental.
O que mais o MNDH pode externar? Decepção total. O Movimento Nacional entende que ações contra o crime ambiental podem ser impetradas sobre os responsáveis diretos de defesa e proteção do meio ambiente: o gestor público de Maringá (prefeito, secretário do meio ambiente e diretor jurídico), o responsável pelo Instituto Ambiental do Paraná e em Maringá (IAP), o responsável pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Paraná e em Maringá (IBAMA), o promotor público do meio ambiente em Maringá e os magistrados partícipes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Este é o respeito que a atual Administração Pública Municipal de Maringá tem pelo meio ambiente e pela população maringaense!!! Uma visão totalmente economicista, intitulada e aclamada por seus defensores como "modernizante",de limpeza e segregação social!!! Até quando vamos aturar tudo isto???!!!

João Ramos disse...

O PREFEITO DE MARINGÁ SILVIO BARROS VAI SER LEMBRADO NO FUTURO,COMO O PREFEITO QUE MAIS DESTRUI O VERDE DE MARINGÁ,E FOI UM DOS QUE AJUDARAM A AUMENTAR O EFEITO ESTUFA

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